Nesta postagem quero reconsiderar algumas palavras da postagem anterior. Iniciando pelo título: Cristo amou a igreja. Na realidade, um título mais apropriado seria "Cristo amou a igreja. E isso basta!". Ou seja, não há necessidade de mais ninguém amá-la ou se entregar por ela, uma vez que Cristo já fez tudo isso. Nessa linha, tudo o que nos resta é pregar o evangelho e ganhar almas para Jesus. Mesmo as palavras contundentes de Jesus em João 17:17-21 devem ser reconsideradas: "Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade. Assim como Tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por causa deles Eu Me santifico a Mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que hão de crer em Mim por intermédio da sua palavra, a fim de que todos sejam um;como Tu, Pai, estás em Mim, e Eu em Ti, que também estejam eles em Nós, para que o mundo creia que Tu me enviaste". Todos os cristãos entendem esse trecho da mesma forma, é um trecho pacificado: O desejo do Senhor Jesus é que todos sejam um, vivam em unidade, como sinal para que o mundo creia Nele. Segundo essa passagem, o mundo crerá no Senhor não pelos grandes milagres ou obras grandiosas, ou por grandes nomes ou templos que Seus servos farão, mas simplesmente por viver em unidade. E o evangelho prossegue, no versículo 22: "Eu lhes dei a glória que Me deste, para que sejam um, como Nós somos um". Ou seja, a glória é para a unidade e a glória que recebemos do nosso Senhor é a mesma que Ele recebeu de nosso Pai. Mas essa transmissão de glória visa única e exclusivamente à unidade daqueles que dados ao Senhor Jesus pelo Pai.
Mas que temos hoje? Unidade? Expressão da glória de Deus entre os homens? Não! Nada disso! Lamentavelmente, o que vemos é a cristandade trilhando um caminho diametralmente oposto àquele desejado pelo Senhor. Ou seja, cada um usando a glória que recebeu para fins outros que não a promoção da unidade. Cada um querendo mais glória. Não satisfeitos com a glória de Deus, buscam, agora, a glória dos homens. E ainda essa: A unidade da igreja só será possível no céu! Já ouvi isso várias vezes. Mas se formos sérios, veremos que o objetivo da dispensação da glória de Deus com vistas a unidade da igreja é para que o mundo creia. Uma vez no céu, já não haverá necessidade de o mundo crer. Não são muitos os cristãos que têm esse entendimento. E mesmo entre esses, viver em unidade é algo para a eternidade. Alguns até mesmo afirmam que vivem em unidade, mas de modo restrito, fechado, regional. Unidade na obra, unidade denominacional. Mas não é disso que o Senhor trata aqui. Ao contrário: a fim de que TODOS sejam um é o encargo central da conhecida oração sacerdotal de Jesus.
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